“Você pode mais do que acredita”

Vamos lá, há muito dias — muitos mesmo — eu desejo sentar e escrever alguma coisa, mas acho que agora vai…

Este texto será em primeira pessoa, é só um aviso.

Muitas pessoas próximas me falam a mesma coisa de diferentes formas: “Você pode mais do que acredita!”. Nesta última vez foi a minha namorada me falou.

“Você é um menino de ouro”; “Você é um anjo!”; “Você é vinho de outra pipa!”; “Acredite mais em si mesmo!”; “Você tem um potencial ainda não descoberto…”; “Homem de pouca fé…” e por ai vai… Tenho um sério complexo de inferioridade, e na maioria das vezes nego a mim mesmo todo esse (possível) potencial adormecido aqui dentro em algum lugar em meu âmago, que é percebido por muitas pessoas ao meu redor, mas eu mesmo tenho o evitado.

O objetivo deste texto é justamente a busca pelo despertar deste potencial adormecido.

A frase “Você pode mais do que acredita” sintetizou sem usar palavras difíceis todo o meu problema. Eu nunca acredito que serei capaz de grandes coisas, fico inseguro e dou pouca confiança a mim mesmo, ajo de modo pessimista e muitas vezes negativo, e acabo deixando passar oportunidades ou não aproveitando momentos de aprendizado – reconhecer estas perdas alimentam um processo de feedback positivo na geração de mais insegurança e diminuição da auto-confiança, que pode ser simplificado assim:

Insegurança e falta de auto-confiança > Atitudes pessimistas e-ou pensamentos negativos > Perda de oportunidades ou não aprendizado > Reconhecimento das perdas > + Insegurança e – (menos) auto-confiança > Atitudes pessimistas…. e entro num ciclo vicioso.

Já consegui melhorar e abortar diversas vezes esse processo, gastando muita energia e tempo, mas consegui.

Energia, pois há intenso desgaste nesse ciclo. E tempo, por impedir a continuidade de um processo evolutivo que deve ser constante, nota se que o processo de feedback positivo ele me torna um ser séssil.

Voltando ao assunto, já consegui abortar este ciclo vicioso muitas vezes, mas sempre acabo caindo nele de novo, e de novo, e de novo…. Diante do exposto, é como se houvesse dentro de mim uma fonte que sempre iniciará esse processo.

É neste ponto que prontamente vejo a necessidade de se buscar a solução. Primeiramente, devo reconhecer a autoria de todos esses processos negativos, ao mesmo passo que tenho a ciência de ter sempre alguma motivação externa (as frases acima), e depois abrir os olhos e aceitar que as pessoas devem ter razão ao falar essas coisas, que de fato que “Eu posso mais do que eu acredito”.

E pensando assim, acredito ter encontrado a “trava” que impedia essa aceitação há tanto tempo. O problema é a falta de aceitação e renúncia e acima de tudo Fé.

Aceitar que se pode mais do que se acredita, exige renúncia de muitas coisas e também (ainda mais) responsabilidades, como é dito no filme do Homem Aranha: “Grandes poderes exigem grandes responsabilidades”. E com isso vem o medo, e com o medo vem a insegurança, e com a insegurança não existe auto-confiança, logo nenhum êxito.

Mais uma vez se faz necessária a aceitação, neste momento eu devo aceitar que tenho medo de todo esse potencial e de assumir as grandes responsabilidades, que não nego já ter visto elas ao longe ou até bem próximas, mas a negação sempre foi muito “útil”. É preciso que eu aceite todo esse meu potencial e veja que ele também pode ser maior que esse medo, e assim renuncie este medo, e aceite todas responsabilidades (e consequências) como tem de ser. E Fé, que se faz sempre necessária, principalmente nos momentos em não se restam nem a mínima centelha de auto-confiança ou positividade, Deus e Jesus Cristo certamente estarão a espreita para nos sustentar, não é necessário gritar, até o menor suspiro por clemência e misericórdia é atendido quando feito com sinceridade.

Aceitar que tenho muito potencial, não que dizer que sou um “super-homem” e que passarei por todas as dificuldades com a cabeça erguida e sorridente (talvez isso até seja possível, mas vamos por partes hehe), significa dizer que dentro do meu “potencial” está uma das mais importantes potencialidades: a de aprender com as dificuldades, buscar soluções, ter resiliência e paciência para lidar com esses tipos de situação e a Fé em Deus e Jesus Cristo. Juntas dão todo suporte e constituem o botão “STOP” para o processo de feedback positivo que citei acima, transformando-o em um processo de feedback negativo que permite a evolução e continuidade da evolução, assim:

Insegurança e falta de auto-confiança > Atitudes pessimistas e-ou pensamentos negativos > Ter Fé e agir com resiliência e paciência e buscar soluções e aprendizado > Ganho de aprendizado >> processo negativado <<-> Evolução com tomada de decisão e-ou aplicação das soluções encontradas > Auto-confiança > + Fé + Aceitação e + Renuncia >>>>

E quase concluindo, vou trazer trazer uma síntese de um passagem do Evangelho segundo São Mateus (14, 23-33) em que Jesus caminha sobre as águas.

Pedro duvida da identidade dAquele que anda sobre as águas e pede para se aproximar andando também sobre as águas, Jesus o chama e ele vai, mas ao aumento da tormenta Pedro se amedronta e começa a afundar; Pedro, como pescador, sabidamente sabia nadar, mas ainda assim sentiu medo, pede socorro e tem de pronto apoio a mão de Jesus, com a seguinte resposta: “Homem de pouca fé, por que duvidaste?” Ao subirem na barca, o vento cessa e os discípulos à bordo reconhecem: “Tu és verdadeiramente o Filho de Deus.”

Só para refletir, quantas vezes eu fui esse “Homem de pouca fé”, que mesmo tendo a ciência das minhas potencialidades, não cri e afundei?

Portanto, eu aceito acreditar que posso sempre mais do que acredito!

PS: Minha eterna gratidão a todas as pessoas que sempre me motivaram e continuam a me motivar, vocês tem meu respeito e minha admiração.

…penso…

Por que penso?

_Penso por penso

__Ainda bem que penso,

___pois se não pensasse,

____não pensaria nestes pensamentos

Por que penso?

_Penso…

__Penso…

___E penso…

E como pensa o filósofo:

Penso… Penso… “Penso logo existo”…

Ou deixo de existir e ser apenas um…

_P___N___A___E____T

___E___S___M___N____O

______s

_________o

_____________l

_________________t

_____________________o

__________________________.

______________________________.

__________________________________.

 

de 29/09/2010

Programas de TV para pessoas (quase) sem cérebro

somente um passatempo que aciona nosso cérebro no status zumbi mode on e nos diverte como crianças assistindo o Teletubbies.

Antigamente eu era do tipo que sentava no sofá em pleno domingo para assistir a esses programas sem conteúdo que ainda passam hoje em dia, como aquele Repórter Record, SBT Repórter, Globo Repórter, WTF Repórter e essas merdas todas, e eles sempre tinham uma matéria que mostra o sofrimento de fulano e cicrano no interior de um lugar onde vento faz a curva e Judas perdeu as calças, enfim, sempre um lugar longe de tudo e de todos, e esses caras vão lá, cruzam rios, lagos, matas fechadas e etc. com suas câmeras e seus microfones em punho. OK, até ai tudo bem, eles vão fazer o trabalho deles, uma reportagem e blá blá blá. Certo, mas sempre pensei, esses caras vão lá veem que as pessoas estão na merda, no fundo do poço e tal, e filmam, dramatizam a matéria, fazem de tudo pra sensibilizar seu público, e penso “O que eu ganho assistindo essa matéria, mostrando o sofrimento de pessoas que mal tem o de comer!?”, pode ser que eles tenham a intenção de me fazerem refletir na vida boa que levo na cidade grande se comparada com a vida desse povo. Só que eles fazem mostram vááários casos desse tipo por semana, será que já não é incentivo demais à reflexão!? Então resumo aqui, eu não ganho NADA assistindo a esses programas, agradeço por me fazerem refletir na vida que levo aqui, mas já basta, toda semana tem uma matéria com o mesmo enredo, e eu creio também que os pobres coitados e muitas vezes iletrados “protagonistas” destas matérias também não ganham nada além de dó e compaixão de todo público que assiste, sem contar a exposição de sua vida pessoal miserável, eu fico puto mesmo é com esses repórteres que vão lá fazer essas matérias e são os únicos que realmente ganham alguma coisa com essa merda toda! Eu realmente não entendo como eles podem ser tão hipócritas de irem num lugar com a intenção de mostrar (e lucrar com) a história de pessoas cujo futuro é incerto. Eles chegam entrevistam mostram do que a pessoa veste ao que ela come (ou não veste, ou não come), mostram a intimidade de suas precárias moradias, tem a audácia de usarem a frase “(…) na sua casa tem televisão, mas não tem banheiro (…)” e ai mostram o lugar onde a pessoa faz as suas necessidades! Gente que falta de vergonha na cara desses repórteres viu!
Esses “programas de domingo” sensacionalistas, acho que posso chama-los assim, parecem ter prazer em mostrar o sofrimento alheio, isso lhes trás lucro é claro, pois o público alienado assiste sem raciocinar, como disse o Fred do PdH neste texto , estes programas “[são] somente um passatempo que aciona nosso cérebro no status zumbi mode on e nos diverte como crianças assistindo o Teletubbies.” Só que ao contrário das novelas estes programas sempre tem um roteiro novo e sem fim, a cada episodio uma história diferente, uma família diferente, e muitas vezes as mesmas condições de vida.
Eu sempre me fiz a ingênua pergunta: “Por que estes repórteres não ajudam estas pessoas que tanto sofrem?!” Que fosse pelo menos uma ajuda de custo em forma de “cachê”, pois eles são os protagonistas de suas matérias dramáticas e sensibilizadoras.
Enfim, são só alguns devaneios revoltados com esses programas aproveitadores da inocência de pessoas humildes que moram nas entranhas profundas desse nosso Brasil.

O texto ficou confuso, mas espero que quem ler entenda a mensagem, Obrigado. (;

Cérebro: Utilize-o da forma correta. Pense!

E pra todos esses programas... leia os lábios. 😉