o trem da vida e suas estações

Creio que muitos já devem ter ouvido falar na metáfora de que a vida é como um trem. Particularmente, eu adoro analogias e exemplos simplórios para explicação de coisas extremamente complexas – como a vida por exemplo. 

De forma breve, vou explicar esta metáfora. A vida é como um trem, mas não um trem comum como o metrô, é um trem que tem seus trilhos construídos momentos antes da sua passagem – não há trilhos ou estações prontas, há de se construí-las. E assim é a vida, ao nascermos sairmos da nossa Estação Central – Mamãe, e assim seguimos. Os primeiros passageiros desse trem são os nossos familiares, que nos acompanharemos durante toda a viagem. Os momentos do dia-a-dia constituem as estações, e nestas estações várias pessoas decidem tomar o nosso trem, a entrada das pessoas no trem simboliza o conhecer novas pessoas. Vamos considerar que neste trem há vários vagões, e é claro você está no controle lá no primeiro vagão, sua família, amigos e pessoas mais próximas permaneceriam neste primeiro vagão, e nos outros vagões vão os colegas, os conhecidos e as pessoas por que se tem alguma consideração. Durante o percurso da vida, várias pessoas entram, e várias descem – o descer do trem simboliza duas coisas: o afastamento completo de outra pessoa, ou, infelizmente/naturalmente, a morte de um ente querido, amigo ou conhecido. Este trem segue uma viagem “sem rumo”, há momentos em que se sai dos trilhos, ou momentos em que não temos energia para seguir em frente. Tem horas que seguimos a vida como um trem desgovernado. O importante mesmo é aproveitar a viagem, vislumbrar as paisagens por quais se passa, usufruir das pausas, e por aí vai…

Uma coisa é certa, a última estação é uma só. Nesta estação, encontraremos todos que um dia passaram pelo trem de nossas vidas. Esta estação se chama morte.

Este texto não tem o objetivo de explicar nada, apenas de incitar alguma reflexão ao leitor.